Inadimplência cai e crédito tem melhor qualidade
O crédito é um dos maiores produtos e também um grande dilema do comércio. Veja nesta matéria do Jornal Estado de São Paulo boas novas sobre a queda da inadimplência.
O comportamento das pessoas físicas que buscam crédito continuou a evoluir positivamente em janeiro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada quinta-feira. O levantamento mostrou que o porcentual de consumidores com alguma dívida aumentou de 60,2%, em janeiro de 2013, para 63,4%, neste mês. Mas, mais importante, a qualidade do endividamento melhorou, aliás, numa tendência já registrada pelo Estado e que se fortalece agora.
Entre as principais dívidas contraídas pelos consumidores, cresceu de 5,2% para 7% o porcentual dos mutuários de crédito imobiliário e de 11,9% para 13,4% o dos tomadores de empréstimo para aquisição de veículos.
Tanto quanto o nível do endividamento, o problema é o custo de financiamentos como o cheque especial – felizmente, uma operação em declínio. Há, ainda, linhas de crédito pessoal extremamente onerosas, oferecidas a pessoas com histórico financeiro ruim ( chamadas “negativadas” pelos serviços de proteção ao crédito).
Uma primeira grande mudança na oferta de crédito ocorreu na década passada, com a substituição do crédito pessoal e do cheque especial pelo consignado, cujo custo é módico por se tratar de uma operação garantida pelo desconto em folha.
A segunda grande mudança está em curso e nela ganha espaço o crédito imobiliário, cujo custo oscila entre 7% e 10% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR), nas operações direcionadas lastreadas em depósitos de poupança. Com a reforma do sistema habitacional e o uso da alienação fiduciária de bem imóvel como garantia, os atrasos são pequenos, inferiores a 2%. A inadimplência em outras linhas também é cadente.
Com o endividamento mais concentrado na compra da moradia, parece inevitável a redução do peso do consumo nas dívidas. Momentos de euforia nas vendas a prazo no comércio tendem a ser mais raros.
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